quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Aplicativo Uber, mais uma vez tem causando polemicas

Os motoristas que continuarem a usar o app serão multados em mais de R$2.4 mil

 A Secretaria Municipal de Transportes (SMT) da cidade de São Paulo apreendeu quatro veículos vinculados ao aplicativo de caronas Uber. Segundo o órgão, os carros realizavam o transporte não autorizado de passageiros.
O Uber é um aplicativo, que permite ao usuário pagar por uma carona. O serviço se diferencia por oferecer carros premium, com motoristas treinados, e cobra uma tarifa base de R$ 5 e R$ 2,42 por quilômetro rodado em São Paulo. Qualquer pessoa pode se tornar um motorista do Uber.
A prefeitura de São Paulo notificou em novembro a empresa do app extrajudicialmente e deu o prazo de 30 dias, expirando no dia 11 de dezembro, para que ele se regularizasse ou encerrasse as atividades.
De acordo Secretaria Municipal de Transportes (SMT) alega que o serviço prestado pela startup é clandestino, porque os motoristas não são autorizados pela prefeitura para realizar a atividade remunerada. Além de não serem regularizados, a prefeitura afirma que o valor cobrado pelo Uber não é o do taxímetro legal (bandeirada de R$ 4,10 e quilômetro rodado de R$ 2,50 em São Paulo), e que pela Lei Federal 12.468/2011, somente os taxistas profissionais podem realizar o transporte individual pago de passageiros - com o máximo de sete passageiros por veículo.
“Uma coisa é o cidadão que sai de casa e leva um amigo de carona, isso é louvável, ajuda a cidade. Mas um cidadão que fica o dia inteiro dando caronas pela cidade de São Paulo caracteriza a atividade econômica de táxi”, disse Daniel Telles Ribeiro.
O diretor ainda destaca que, como a prefeitura não tem o registro dos motoristas do Uber, o serviço pode ter riscos aos passageiros. “O taxista faz um curso, tem cadastro, sei quem é esse taxista, e o veículo passa por uma vistoria, também consigo saber as condições desse veículo que está circulando. No caso do Uber, não sabemos quem é que está usando o carro, pode significar possibilidade de risco para o cidadão, o aplicativo infringe leis que estabelecem que o transporte individual de passageiros com fins econômicos é uma atividade privativa dos taxistas e só pode ser executada com autorização da prefeitura”, defendeu.

Outro fato que rendeu uma enorme discussão foi o aplicativo ser proibido na Índia sobre acusação de estupro da parte do motorista.

A proibição ocorre depois que um motorista cadastrado pelo serviço foi preso por suspeita de estuprar uma passageira. "O Departamento de Transportes proibiu todas as atividades de serviços de transporte uber.com com efeito imediato", afirma um comunicado oficial.

Os administradores do Uber não examinaram os antecedentes criminais do motorista, de 32 anos, que em 2011 já havia sido acusado de estupro - e inocentado um ano depois da acusação.