revela a pesquisa feita pela CET
O número de mortes no trânsito caiu de 637 para 519 no primeiro semestre deste ano na cidade de São Paulo, de acordo com balanço divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), uma diferença de 18,5%.
Foram 118 mortes a menos em comparação com o primeiro semestre de 2014. A queda no número de mortes revelou-se em todas as categorias, segundo a pesquisa. Entre passageiros e motoristas, caiu de 115 para 85; entre pedestres, de 274 para 230; entre motociclistas, de 220 para 189; entre ciclistas, de 28 para 15.
O prefeito Fernando Haddad avaliou que os números são resultado de um conjunto de políticas recentes da CET, pontuando o aumento do número de ciclovias, o projeto CET no Bairro, faixas para pedestres e a inclusão de áreas com velocidade reduzida.
"Só nesses 60 dias de redução nós conseguimos economizar o equivalente a 70 leitos hospitalares. Esses 70 leitos significam uma economia de R$ 40 milhões por ano", declarou o prefeito. Questionado sobre a popularidade das políticas, principalmente a da redução de velocidade nas marginais, Haddad disse que "o que está acontecendo em São Paulo é aquilo que a teoria de mobilidade diria que iria acontecer".
Segundo Haddad, especialistas previam que a medida diminuiria os acidentes e melhoraria o trânsito.
Para o prefeito, a recente divulgação na redução de congestionamentos em São Paulo não se deve apenas à economia causada pela crise atual. "Se é pela crise, isso teria que ser verificado em outras capitais também. Em que outra capital isso também aconteceu? Só tem crise no estado de São Paulo?", disse.
O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, reiterou que há a intenção de atingir a meta da ONU e reduzir em 50% o número de mortes no trânsito. Ele disse que, atualmente, a cidade tem 9,45 mortes por 100 mil habitantes e, apesar de cair de um indice de 12 por 100 mil habitantes, o número ainda é alto. Para isso, ele garante que a fiscalização e as políticas deverão ser intensificadas e rebateu comentários sobre uma "indústria da multa".
"A melhor maneira de combater, se é que existe, é não cometer a infração. Aí não tem indústria da multa. O que existe na verdade é que você tem 70% das pessoas sem nenhuma multa na cidade de São Paulo. E você tem 5% que cometem 50% das infrações. O que tem é uma indústria de infrações", disse o secretário.