quarta-feira, 26 de julho de 2017

Grupos de moto clube participam de ação contra o cerol em Suzano

Moto clube de Suzano promove campanha contra o cerol nas linhas de pipa. (Foto: Divulgação)
Motociclistas querem informar a população do risco do uso de linhas cortantes. Cidade proibiu soltura de pipas em parque, mesmo sem cortantes.
Grupos de moto clube saíram pelas ruas de Suzano na manhã deste sábado (22) para conscientizar a população sobre os riscos com o cerol. A ação tem apoio da Prefeitura, que proibiu soltar pipas dentro do Parque Max Feffer, mesmo sem cortantes.
Para conscientizar as pessoas que empinam pipas fora do parque, os grupos de moto clube se juntaram para repassar as informações. “Está muito violento e acontecendo muitos acidentes com linha de cerol e linha chilena. Os motociclistas são os mais atacados com isso juntamos os motos clubes da região para poder unir contra o cerol”, explica o organizador do evento, José Mauricio de Araújo.
O evento tem a participação dos membros dos quatro motos clubes da cidade.
Os motoqueiros saíram pelas ruas em comboio para mostrar a importância do respeito ao próximo. “A gente tem que pensar no próximo. A gente nunca sabe quem pode ser o próximo a ser acidentado”, completa José.
As denúncias podem ser feitas pelos telefones 4746-2344, 4745-2150 e também no 153.

Fonte: G1. Link: http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/grupos-de-moto-clube-participam-de-acao-contra-o-cerol-em-suzano.ghtml

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Motoristas de aplicativos tipo Uber precisarão de curso, vistoria e placa de São Paulo

Novas regras publicadas pela gestão Doria nesta quarta valem para aplicativos de transporte alternativos aos táxis; prazo de adaptação é de 180 dias.

Tela do aplicativo de celular Uber em São Paulo, na região da Avenida Paulista (Foto: Marcelo Brandt/G1)

Os motoristas de Uber e demais aplicativos que atuam na cidade de São Paulo precisarão ter placa da capital paulista, fazer uma inspeção anual, apresentar certidão de antecedentes criminais e não usar roupas esportivas e chinelos durante o trabalho.
As regras fazem parte de uma resolução publicada pela gestão João Doria nesta quarta-feira (12) no Diário Oficial e valem para todos os aplicativos que operam com tarifas diferenciadas em relação aos táxis, casos do Cabify, Lady Driver, e parte dos serviços da Easy Taxi e 99.
As novas regras criam a o cadastro municipal de condutores, regulamentando os requisitos mínimos exigidos de condutores que atuam na exploração econômica privada de transporte individual de passageiros por meio de operadoras de tecnologia de transporte credenciadas (OTTCs).
Além de documentos básicos, será exigida do motorista uma comprovação da realização de curso de treinamento de condutores de 16 horas de aula e o compromisso de que exercerá a atividade somente por meio dos aplicativos credenciados. Os motoristas não poderão camiseta esportiva e regata, calça esportiva ou de moletom, chinelos ou até mesmo jaquetas de times, associações e clubes.
O endurecimento das regras atende a pressões de taxistas, que acreditam que as exigências feitas à categoria agora também recairão sobre os motoristas do Uber, tornando o mercado mais justo.
As operadoras terão 180 dias para se adaptar às regras da resolução. Em caso de descumprimento, após este período, estarão sujeitas a sanções administrativas e multas.
Será negada a inscrição de quem já tenha sido condenado por crime doloso ou por culposo (neste caso, apenas se reincidente até três em período de quatro anos), e quem já tenha registro de distribuição criminal relativo a crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de menores.
A resolução também exige a comprovação da contratação de seguro que cubra acidentes de passageiros e o seguro obrigatório (DPAV). Quem já foi condenado por crimes de trânsito de qualquer espécie também não poderá ser motorista por aplicativos, segundo a resolução.
Veículo
Quanto ao veículo, para a obtenção do certificado de segurança do veículo de aplicativo, exige-se idade máxima de até 5 anos de fabricação, apresentar certificado de licenciamento no município de São Paulo e certidão de inspeção, atendendo os requisitos de segurança veicular.
O carro terá que ter sempre o filtro de ar-condicionado limpo e o motorista se compromete a aspirar ao teto, o piso, porta-malas e interior do veículo.
A nova resolução complementa um decreto de maio de 2016 publicado pelo então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que disciplinou o uso de aplicativos de carona e de transporte individual de passageiros na cidade de São Paulo.


Cabify, serviço de transporte alternativo que rivaliza com a Uber. (Foto: Divulgação/Cabify)

Cobrança por km
Em maio, a gestão João Doria (PSDB) reduziu as taxas que, pela legislação municipal, eles devem pagar à prefeitura para poder rodar na cidade. A taxa por km rodado, que é de R$ 0,10, agora só começará a subir quando a empresa rodar mais de 15 mil km em uma hora, somando todos os motoristas que estiverem trabalhando para o aplicativo. Pela regra do ano passado, a taxa subia para R$ 0,11 quando a empresa alcançava os 7,5 mil km em uma hora.
A norma determina ainda que o valor máximo será de R$ 0,36 por km apenas quando a empresa chegar a 75 mil km rodados em uma hora, valor mais barato que os R$ 0,40 que as empresas teriam que pagar para rodar a metade - a partir de 38 mil km, segundo a regra antiga.
O mercado de aplicativos foi regulado em maio do ano passado pelo então prefeito Fernando Haddad (PT). Em outubro, a prefeitura publicou uma resolução aumentando a taxa por km rodado de R$ 0,10 para até R$ 0,40. A justificativa dada por Haddad foi aumentar a concorrência entre as empresas taxando as que mais rodavam, especialmente o Uber, que seria o dono da maior fatia do mercado.

Tela de aplicativo Uber para transporte de passageiros (Foto: Jéssica Alves/G1)
Maior presença
A resolução da Secretaria de Mobilidade e Transportes de maio permitiu que as empresas de aplicativo pudessem rodam com 10 mil taxistas da cidade. A gestão Haddad havia estabelecido uma meta para permitir que elas rodassem o equivalente a 5 mil taxistas para evitar que a categoria sofresse uma concorrência predatória por parte das empresas de aplicativo.
Até maio, 38 mil taxistas atuam na cidade. Já o número de motoristas cadastrados para atuar pelos aplicativos de transporte particular era de 50 mil em fevereiro, segundo o prefeito João Doria informou na época.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Motoristas de aplicativos como Uber terão de seguir regras de vestuário e higiene

Em minuta de resolução que regulamenta o serviço na cidade, Prefeitura proíbe condutores de vestirem camisetas com estampas e tênis, por exemplo; documento ainda prevê que carros tenham placa de São Paulo e passem por inspeção anual.
SÃO PAULO - A gestão João Doria (PSDB) exigirá que motoristas de carros de aplicativos de transporte individual, como Uber e Cabify, tenham cadastro na Prefeitura, passem por um curso de direção e sigam regras de vestimenta e higiene que incluem o uso de traje social ou esporte fino e sapatos “engraxados e bem conservados”. Além disso, os carros desse tipo de serviço deverão ter placa da cidade de São Paulo, passar por inspeção anual e registrar no máximo cinco anos de fabricação.

Aplicativos de transporte de passageiros deverão seguir novas regras em São Paulo Foto: Brittany Sowacke/The New York Times

As regras sobre vestuário e higiene também são novidade. A Prefeitura proíbe os motoristas de usar camisetas esportivas, regatas ou com estampas; shorts ou bermudas; calças esportivas ou de moletom; jaquetas de times; e sandálias ou chinelos. Os condutores deverão ainda “manter a camisa abotoada, exceto o botão do colarinho”, ter “cabelo e barba sempre arrumados” e “unhas limpas”. A resolução ainda define que “não é permitida a utilização de qualquer aroma que cause incômodo ao passageiro: suor, tabaco, bebidas alcoólicas e perfume com forte fragrância”.
No texto, elaborado pelo Comitê Municipal de Uso Viário, do qual fazem parte os secretários dos Transportes, da Fazenda e de Serviços e Obras, a Prefeitura cria o Cadastro Municipal de Condutores de aplicativos (Conduapp), similar ao já exigido de taxistas - o Condutax. Para obter o documento, os motoristas deverão portar carteira de habilitação com informação de que exercem atividade remunerada, certidão estadual de antecedentes criminais e comprovante de aprovação em curso de treinamento de condutores autorizado pelo Departamento de Transportes Públicos (DTP).
A resolução deverá ser publicada no Diário Oficial da Cidade na próxima semana. Os motoristas terão 120 dias para se adequar às regras.
Em nota, o Uber elogiou a regulação criada em 2016, classificando-a como "marco para o Brasil e para o mundo", e ponderou que "qualquer tentativa de tornar a inovação menos eficiente, como as discutidas na Câmara hoje pela manhã, podem ter como único resultado a inviabilidade de um sistema que hoje serve às pessoas e à cidade". 
Já a Cabify afirmou, também em nota, que entende que alguns dos pontos da regulamentação "trazem mais qualidade ao transporte de passageiros", ressaltando que já adota alguns deles, como um rígido processo para cadastrar novos motoristas, que inclui exames toxicológicos e exigência de atestado de antecedentes criminais.
A empresa, no entanto, criticou a determinação de que os veículos deverão ser todos emplacados na cidade de São Paulo. Segundo a Cabify, a regra prejudica a mobilidade da cidade "uma vez que existe claramente uma conturbação urbana". Além disso, diz a empresa, parte dos motoristas parceiros residem em outros municípios e trabalham na capital.


segunda-feira, 10 de julho de 2017

São Paulo multa 320 motoristas por dia por manusear celular no trânsito

Motorista segura celular enquanto dirige; ação que pode render uma multa 
por infração gravíssima.

Preso todos os dias no trânsito por uma hora no trajeto de 9 km da casa ao trabalho, o empresário José Roberto Dias, 59, confessa: às vezes, quando o carro para, ele saca o celular e publica nas redes sociais uma foto do congestionamento à sua frente.
"Chega a ser um desabafo sobre o trânsito. A tentação de postar é demais, mesmo sabendo que não pode mexer no celular enquanto se dirige, mesmo sabendo que isso é um risco", conta Dias.
Ainda não ocorreu com ele, mas, caso fosse multado ao tirar suas fotos, o empresário se juntaria aos mais de 320 motoristas que são multados diariamente na cidade de São Paulo por manusear o celular enquanto dirigem. Esse tipo de infração já chega a pelo menos 28% das multas aplicadas pelo uso de celular no trânsito.
Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, a quantidade se aproxima daqueles que são multados ao falarem no celular segurando o aparelho com uma das mãos: diariamente são quase 350 multas em média pela infração.
Esse tipo de classificação das multas só passou a ser feito em novembro de 2016, quando uma lei aprovada no Congresso alterou o Código de Trânsito Brasileiro e deixou parte de suas penas mais duras aos infratores. Hoje, mexer ou segurar o celular em trânsito são práticas consideradas infrações gravíssimas, que rendem sete pontos na carteira e multa de R$ 293.
O terceiro tipo de multa prevista pelo uso do celular no veículo é mais abrangente e, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), engloba infrações como a utilização do fone conectado ao celular e a colocação do celular entre o ouvido e o capacete –caso de motociclistas.
Essas infrações são consideradas de média gravidade, rendem quatro pontos na carteira e multa de R$ 130. São elas as mais corriqueiras quanto ao uso do celular: em média, 457 diariamente.
O DSV (Departamento de Operações do Sistema Viário da CET) afirma, porém, que esse número pode estar inflado devido à adaptação depois da mudança da legislação.
Na prática, numa época em que teclar, postar ou mexer em aplicativos de GPS são atos mais frequentes do que telefonar, é possível que a quantidade de infrações por mexer ou segurar o celular, consideradas gravíssimas, sejam maiores que os registros oficiais –e estejam sendo classificadas por alguns agentes como uso simples de celular, uma infração considerada média.
A gestão João Doria (PSDB) diz que está orientando as equipes que aplicam as multas nas ruas para se adaptarem às novas nomenclaturas.
Segundo o Detran de São Paulo, o celular só pode ser usado pelo condutor quando o carro estiver estacionado. Ou seja, nem mesmo durante a parada no semáforo vermelho seu uso é permitido.
Enquanto o veículo estiver se deslocando o uso do aparelho só é permitido se estiver na função GPS e fixado ao painel ou para-brisa do carro.


TEMPO DE REAÇÃO
Um estudo de 2013 da Escola Politécnica da USP apontou que o tempo para que um motorista testado em simuladores reaja a um estímulo visual aumenta 16% se ele estiver falando no telefone celular.
Já o tempo de resposta dos mesmos condutores quando eles estão mexendo no celular cresce 28%. "Isso significa que, ao andar por uma rua a 50 km/h, o motorista percorreria cerca de 4 metros a mais antes de parar um carro, caso ele esteja mandando uma mensagem", explica o professor Nicola Getschko.
A diferença pode ser decisiva para evitar um acidente ou torná-lo menos grave.
VIVA VOZ
Cada vez mais frequente nos carros novos, o dispositivo de viva voz para conversar pelo celular no trânsito é desaconselhado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo -que diz, porém, não aplicar multas a motoristas nessas situações.
O DSV (Departamento de Operação do Sistema Viário da CET) chegou a informar à Folha que poderia enquadrar a utilização do viva voz como infração média, assim como a prática de dirigir usando fones de ouvido conectados ao celular ou a dispositivos sonoros. A informação, porém, foi revista em nota oficial.
O presidente da comissão de direito viário da OAB de São Paulo, Maurício Januzzi, afirma que a legislação atual não traz uma proibição explícita ao viva voz. "O que a lei não proíbe não pode ser considerado infração", diz.
Apesar da discussão, especialistas apontam que a concentração exigida em uma conversa telefônica é maior do que aquela que ocorre pessoalmente. Isso traria riscos à segurança viária.
De maneira geral, o uso de celulares no trânsito é desaconselhado por ter a capacidade de ser: 
1) uma distração visual, ao desviar o olhar do motorista; 
2) uma distração auditiva, ao mudar o foco do condutor a cada estímulo sonoro; 
3) uma distração física, uma vez que o motorista retira a mão do volante para mexer no aparelho; 
4) e uma distração cognitiva, já que conversas que exijam raciocínio podem prejudicar o reflexo.
Um estudo da concessionária Arteris aponta que 52% dos motoristas declararam que utilizam celular enquanto dirigem. Nos Estados Unidos, o Conselho Nacional de Segurança estima que 26% das colisões ocorrem por distrações causadas pelo celular.
"Quase todo motorista já evitou um acidente no susto, de última hora. Agora imagine se ele estivesse mexendo no celular nesse instante. Você pode matar alguém, não é exagero", diz o presidente do Observação Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho.
Ao dirigir a 70 km/h e desviar os olhos da pista para mexer no celular por dois segundos, o motorista anda quase 40 metros com o carro.
"Se alguém colocar as mãos diante dos olhos de um motorista por um segundo, ele vai ficar nervoso. Mas, ao mexer no celular, o condutor adota exatamente a mesma prática e fica às cegas", diz Ramalho.

Fonte: Folha de São Paulo. Link: http://folha.com/no1894597

terça-feira, 4 de julho de 2017

Carros voadores estão melhores, mas ainda lutam contra a ciência e a lei

Talvez nunca seja possível sair voando com seu carro para escapar do congestionamento. Mas isso não significa que as empresas tenham parado de tentar chegar perto disso.

Na corrida pelo primeiro "carro voador", estão Airbus, Toyota, a brasileira Embraer e startups nos Estados Unidos e na Europa. A ideia é oferecer veículos para transporte urbano aéreo, com decolagem vertical, em até cinco anos.
Pop.Up Airbus, carro autônomo que pode ser desmontado
e virar um helicóptero elétrico. (Divulgação)
Em abril, a Uber lançou uma divisão, a Elevate, para coordenar um serviço de táxi voador quando as aeronaves estiverem prontas.
"O trânsito é muito incômodo nas metrópoles. Começamos a estudar como trazer as aeronaves para ajudar na mobilidade urbana", diz Antônio Campello, diretor de inovação da Embraer, uma das empresas que vai desenvolver veículos para a Uber. A ideia é ter um protótipo até 2020.
O time da Embraer é pé no chão. "Chamam de carro voador, mas é uma aeronave. Não é prático fazer um avião com rodas, chassi, engrenagens de carro. Até dá, mas gasta muito combustível", afirma Campello.
Além disso, não é provável que as autoridades permitam que cada um pilote seu próprio carro-avião pela cidade, como nos filmes. "A regulamentação da indústria aeronáutica é bem restritiva e conservadora nesse sentido, e nós mesmos não faríamos uma nave que voasse sem confiabilidade", afirma Sandro Valeri, também engenheiro da Embraer.
Mas não há porque descartar o ideal "Blade Runner". O Pop.Up, da Airbus, tem partes desmontáveis — um chassi com as rodas, uma cápsula de passageiros e um conjunto de hélices acoplado no teto. Intercala o uso terrestre com o aéreo, ambos sem motorista.
A Airbus pertence a um grupo de empresas que defende uma mudança na regulação internacional para permitir naves sem motorista, controladas à distância. É também o objetivo da Embraer e da Uber no Brasil. Atualmente, não existe certificação para um veículo assim.
"A tendência é favorável, tanto nos desafios regulatórios quanto técnicos", afirma Zach Lovering, executivo da Airbus responsável por outro projeto de "táxi voador", o Vahana. "Meu time está trabalhando com afinco para ter um protótipo em tamanho real voando antes do fim de 2017, e uma demonstração de produto em 2020."
BATERIA FRACA
As limitações técnicas não são poucas. Para operar em grande escala, em meio ao trânsito comum, é necessário um motor silencioso e seguro. O ideal é que seja um veículo elétrico, mas a eficiência das baterias ainda não sustenta o voo por muito tempo.
A chinesa eHang e a alemã Volocopter aperfeiçoaram a tecnologia de drones e criaram veículos elétricos, potencialmente autônomos, que já foram testados no ar. Ambos têm limitações de alcance. O eHang voa sozinho por até 23 minutos, e o Volocopter, 20, e o tempo para carregar é quase o dobro.
Os protótipos serão testados em Dallas, nos Estados Unidos, e Dubai, nos Emirados Árabes, ainda neste ano. Mas a autonomia de bateria permite percorrer apenas metade de Dubai. Em São Paulo, seria o suficiente para levar alguém do aeroporto de Guarulhos até a avenida Paulista.
O problema é que, quanto maior a bateria, maior o peso e a perda de eficiência. Há, ainda, quem questione se as baterias de lítio são seguras o suficiente para voos, e se estão sendo usados os métodos de refrigeração adequados nesses protótipos.
A limitação de peso imposta pelo modelo elétrico reforça a necessidade de mudar a regulação aérea, dispensar o piloto e tornar os veículos completamente autônomos, segundo os fabricantes.
CONCORRENTES
A Toyota espera ter um veículo a tempo de receber turistas na Olimpíada de Tóquio, em 2020.
Há também o Aeromobil, menos sustentável, para quem tem licença de piloto de avião. Movido a gasolina quando voa e a bateria quando está no chão, vai precisar de uma pista de 15m para decolar e deve custar mais de 1 milhão de euros.
Já o Lilium Jet, avião alemão completamente elétrico, terá propulsão vertical e horizontal. No projeto, ele decola com rotores de helicóptero e depois, quando já está no ar, passa a se sustentar com asas.
Com autonomia de voo de uma hora, o Lilium afirma que terá bateria o bastante para rodar 300 km, e a ideia é carregar até cinco pessoas. Não é exatamente um "carro voador". Mas caso consiga decolar, pode inspirar a criação de modelos menores — alguns, até, com rodas.

Fonte: Folha de São Paulo. Link: http://folha.com/no1897355