segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Dez equipamentos de segurança para os motociclistas

Conheça os itens essenciais para uma pilotagem segura e confortável em duas rodas

Seja qual for o veículo que você use, é indispensável tomar todas as medidas de segurança para realizar uma viagem segura, independente da distância percorrida. No entanto, no caso dos motociclistas, seu corpo está diretamente exposto, recebendo diretamente os impactos em caso de quedas ou colisões e, também, a ação do sol, chuva e vento.

Por isso, é essencial para quem se desloca em duas rodas usar sempre os equipamentos adequados. Veja abaixo os equipamentos mais utilizados pelos motociclistas, parte de uma pesquisa realizada recentemente pelo Mercado Livre:

Capacete: 99%
Jaqueta: 53%
Luva: 50%
Bota: 32%
Roupa impermeável: 31%
Calças reforçadas com proteções: 22%
Mochilas especiais: 20%
Proteção de coluna/peitoral: 9%
Macacão completo: 8,5%
*pesquisa online com uma base de 306 motociclistas

Nós conversamos com André Garcia, instrutor de pilotagem e idealizador do Projeto Motociclismo com Segurança, que nos ajudou a elaborar as recomendações abaixo quanto aos principais equipamentos do motociclista.

Capacete
O primeiro ponto é que o uso do capacete é obrigatório por lei. A ausência desse equipamento - ou o seu uso apenas sobreposto à cabeça, sem estar devidamente encaixado - é considerado uma infração gravíssima, sujeito à multa de R$ 293,47 e a instauração de um processo administrativo que pode resultar na suspensão do direito de dirigir, que pode variar de um até 12 meses, dependendo do histórico do motociclista.

Além disso, somente equipamentos homologados pelo INMETRO podem ser utilizados.  O selo da entidade garante os padrões mínimos de segurança - e o uso de um equipamento não homologado é uma infração grave, sujeito à multa R$ 195,23 e cinco pontos na habilitação.

Mas, além do lado legal, saiba que estamos falando do mais importante equipamento de segurança do motociclista - ele realmente pode salvar a sua vida em caso de acidente. Assim, Garcia recomenda que a sua aquisição não seja encarada como um mero gasto, mas um investimento. Os modelos mais comuns são feitos de plástico injetado, enquanto os modelos topo de linha, mais leves e resistentes, são feitos de fibra.

Vale lembrar que o famoso capacete “coquinho" não deve ser utilizado em hipótese alguma. Ele não é homologado pelo INMETRO e, pior do que o risco de multa, oferecem pouca proteção na parte lateral da cabeça e rosto. Já capacetes abertos na parte frontal precisam envolver todo o crânio, além de demandar o uso obrigatório de óculos de proteção.

Na hora de comprar o capacete, é fundamental experimentá-lo antes - ele precisa estar justo em sua cabeça. Um capacete apertado vai causar incômodo, enquanto uma peça folgada aumenta o risco de se desprender da cabeça em um acidente. Além disso, se possível, opte por um equipamento com argola em “D”, que oferecem uma melhor fixação das fivelas, reduzindo o risco do capacete se desprender.

Capacete importado
Um casco adquirido no exterior não terá o selo do INMETRO, mas você pode comprar um modelo em outro país e trazê-lo para cá para uso próprio, desde que o modelo tenha sido homologados por alguma instituição reconhecida pelo INMETRO em seu país de origem. Por isso, antes de adquirir, faça uma consulta no site da própria instituição.

Capacete - outras obrigatoriedades e infrações
Utilizar um capacete com estrutura danificada é considerada uma infração grave, com cinco pontos na habilitação e multa de R$ 195,23. Além disso - e mais importante -, após sofrer um forte impacto, o equipamento perde a sua eficácia - ou seja, não o protegerá de forma adequada em um segundo acidente.

Obrigatoriamente, o capacete precisa ter faixas reflexivas nos quatro lados do capacete (frente, atrás, lado esquerdo e lado direito), na cor branca para os motociclistas particulares. Quem trabalha com motofrete deve usar faixas brancas e vermelhas, além de colete reflexivo. A ausência das faixas é considerada infração grave, sujeito à multa R$ 195,23 e cinco pontos na habilitação

Pilotar com o capacete mal-afixado à cabeça, utilizando viseira ou queixeira levantadas, sem óculos de proteção (em capacetes de frente aberta) ou com viseira fumê no período noturno, são consideradas infrações leves, que resultam em três pontos na habilitação e multa no valor de R$ 88,38.

Jaqueta / calça
O conjunto é essencial para proteger o motociclista da abrasão do asfalto em caso de quedas. E, embora pouca gente se dê conta desse detalhe, eles também são fundamentais para evitar que os membros fiquem expostos diretamente aos raios ultravioleta - o que, a médio-longo prazo, é um fator de risco para o surgimento de câncer de pele.

Há os modelos impermeáveis, que repelem a água e impedem que o motociclista fique encharcado ao enfrentar a chuva - mas que, ao mesmo tempo, são desconfortáveis em dias quentes. Já os modelos ventilados permitem a circulação do ar e ajudam a baixar a temperatura do corpo do motociclista no calor, com a moto em movimento - mas, por outro lado, absorvem a água em caso de chuva.

No caso das calças, há ainda opções em jeans, com tecido mais grosso e reforço nas costuras. Opte sempre pelos modelos reforçados - os básicos incluem proteções nos cotovelos, ombros e costas (caso das jaquetas); e na cintura e joelhos (calças). Tome cuidado: ao contrário do que muita gente pensa, nem todo equipamento impermeável possui proteção para o caso de quedas - e vice versa.

Capa de chuva
O cenário ideal é ter dois equipamentos, um impermeável e outro ventilado, para uso conforme a situação climática. Mas, se for inviável a aquisição dos dois tipos, o consultor recomenda um conjunto de jaqueta e calça ventiladas, mantendo sempre à mão uma capa de chuva. Dê preferência para cores claras e chamativas - afinal, você utilizará esse equipamento em condições de maior risco (visibilidade reduzida e asfalto molhado), portanto é ainda mais importante ser visto.

Luvas
É comum ouvir motociclistas reclamarem que o uso das luvas diminui a sensibilidade. No entanto, Garcia afirma trata-se apenas de uma questão de hábito. Elas são de extrema importância para proteção das mãos em caso de queda e, também, para proteger as mãos nos dias mais frios, principalmente em trajetos mais longos ou viagens.

Calçados
Os pés e tornozelos são a parte mais vulnerável do motociclista em um acidente depois da cabeça - por isso, jamais pilote descalço ou usando sandálias ou chinelos. É importante, também, que o calçado proteja até acima do tornozelo - por isso, recomenda-se o uso de botas ou tênis de pilotagem (que é reforçado especialmente para esse fim). É importante lembrar que o equipamento só será eficaz se estiver bem amarrado ou fechado. Por fim, o consultor recomenda investir em um calçado impermeável, se possível.

Polainas
As capas utilizadas para cobrir os calçados são a opção para quem não pode investir em uma bota ou tênis impermeável, mas deseja manter os pés secos em caso de chuva. Evite modelos sem abertura na parte traseira, pois elas ajudam a fixar a planta do pé no chão e, assim, evitar escorregões.

Pescoceira/balaclava
São dois itens que aumentam o conforto e a segurança do motociclista, protegendo o pescoço do vento e do frio -  e também contra linhas de pipa ou eventuais detritos que possam atingir essa região. Mas a balaclava, que também cobre a testa e toda a cabeça, ajuda a reter o suor, contribuindo para uma maior higiene do capacete e o aumento de sua vida útil.

Segunda pele
Quando o frio aperta de verdade, principalmente em viagens, é recomendável utilizar a  segunda pele, bastante conhecida também por quem é praticante de esportes de aventura. Como são bastante finas e justas (mas que, apesar disso, conseguem manter o corpo bem aquecido) e usadas por baixo da roupa normal, elas não comprometem a mobilidade do motociclista. Além disso, elas ainda aumentam a proteção da pele em caso de queda ou acidente.

Fonte: Revista Auto Esporte

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